Vai caber? Essa é a primeira pergunta, mas não é a única. Nem a principal. Muitos requisitos vão importar na decisão e escolha do imóvel correto para clínicas de imagem, clínicas médicas, laboratórios de diagnósticos e mais fortemente para centros de diagnósticos.

Quando se chega à decisão pela implantação ou expansão de uma clínica de diagnósticos, provavelmente vários estudos já foram feitos: Pesquisas de área de influência, faixa de atuação no mercado, estratégias comerciais, vão determinar ou direcionar um “desenho” do negócio.

Na sequencia, para a busca de um imóvel algumas características básicas como área e limites geográficos deverão ser passadas ao corretor imobiliário.
Contudo a maioria dos requisitos deverá ter uma avaliação técnica mais apurada.

– Área necessária

A definição dos exames, a previsão de volume de atendimento, vão ajudar a dimensionar as instalações da clínica para um primeiro momento.

A partir do volume de atendimento dimensionam-se os espaços secundários, que poderão totalizar em muitas vezes as áreas propriamente das salas de exames.

– Previsão de crescimento

Mais importante que prever quanto vai crescer a instituição ao longo do tempo, é saber que esse crescimento é muito provável. Dessa forma, o imóvel ideal não deve ser muito engessado. Se o potencial construtivo do imóvel estiver muito no limite do programa inicial, provavelmente a clinica vai precisar crescer em outro imóvel o que pode causar algumas deficiências funcionais como duplicação de instalações, de staff, etc, aumentando custos operacionais.

E se o entorno for muito verticalizado ou consolidado não será muito fácil adquirir um imóvel para essa expansão.

Então, prever um crescimento interno ao lote é mais seguro e existem várias estratégias arquitetônicas/ construtivas possíveis nesse sentido.

– Estacionamento

Dependendo do bairro ou cidade o deslocamento por automóvel próprio pode ser mais ou menos intenso, e é interessante entender a forma que chegam os pacientes. Tem crescido a tendência de centros clínicos em shoppings centers aproveitando-se de sua oferta de estacionamento.

Previsão de chegada por ambulância ou cadeirante deve ser prevista e seus deslocamentos estudados.

– Acessibilidade

Para centros de diagnósticos verticalizados será necessária a previsão de acesso de pacientes em maca, mesmo que para seu caso esse tipo de acesso seja pouco frequente. Com exceção de centros médicos já estruturados para esse fim, raramente são previstos elevadores dimensionados para maca, portanto o edifício deve ter espaço e condições para isso.

– Estrutura do edifício deve comportar carga dos equipamentos

Equipamentos de ressonância magnética e tomógrafos requerem capacidade estrutural de lajes para carga concentrada acima da média de projeto da maioria dos edifícios convencionais. Portanto devem ter estudo específico para edifícios existentes ou novos.

Além disso deve-se prever sobrecarga acidental para todo o percurso de entrada e saída dos equipamentos, não apenas para seu local de instalação.

– Requisitos elétricos

Carga elétrica de alguns equipamentos, e da soma deles irá exigir entrada de energia especial ao edifício. Esse item também deve ser considerado para previsão de expansão da clínica.

– Previsão de interferências

Equipamentos de ressonância magnética são muito sensíveis em vários aspectos: vibrações mecânicas, movimento de veículos, elevadores, proximidade de motores ou condutores elétricos, até vibrações subterrâneas de túneis ou metrô, são elementos que podem interferir na qualidade da imagem gerada pelo equipamento e podem ser empecilhos para aprovação do site pela empresa fornecedora do equipamento.

Uma avaliação do site pela empresa fabricante dos equipamentos vai abranger vários pontos comentados, principalmente no que se refere aos requisitos de funcionamento dos equipamentos.
Todavia a conexão funcional com o restante do futuro edifício é mais facilmente visualizada por um arquiteto que além de entender esses requisitos também vai enxergar o funcionamento da clinica de maneira global e imaginar seus eixos de crescimento ao longo do tempo.

Estudo de interferências de campo de equipamentos de Ressonância Magnética com massas metálicas móveis e estáticas.

Equipamentos de ressonância magnética são muito sensíveis em vários aspectos: vibrações mecânicas, movimento de veículos, elevadores, proximidade de motores ou condutores elétricos, até vibrações subterrâneas de túneis ou metrô, são elementos que podem interferir na qualidade da imagem gerada pelo equipamento e podem ser empecilhos para aprovação do site pela empresa fornecedora do equipamento.